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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

GOVERNO FEDERAL IGNOROU PLANO DE PREVENÇÃO. Ou: chuvas? Isso passa logo

JORNAL O GLOBO
Embora sem poder para deliberar nada, a Comissão Representativa do Congresso Nacional reuniu-se nesta quinta-feira para discutir providências necessárias para impedir novas tragédias como a registrada agora na região serrana do Rio. Convidado pela senadora Marina Silva (PV-AP) para participar do debate, o secretário demissionário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Barreto de Castro, admitiu que o governo federal falou mais do que fez para evitar tragédias como esta.
“Eu venho aqui para dizer isso mesmo, falamos muito e não fizemos nada. Há dois anos fizemos um plano de radares para entrar no PAC I, não conseguimos. Fomos orientados então a entrar no PAC 2, ficamos fora. Aí eu perguntei pro meu ministério: e agora? O presidente disse que devíamos colocar no PCTI, o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação governamental, que não teria fôlego para financiar 115 milhões (necessário)”, revelou o secretário.
Diante disso, Castro contou que foi criado, em agosto do ano passado, um grupo de trabalho que ouviu dez estados e todas as instituições que atuam nessa área para definir um projeto piloto com um custo estimado em R$ 36 milhões. Mas nem mesmo esses recursos foram liberados.
“Se gastarmos adequadamente R$ 36 milhões ao longo deste ano, não morre ninguém no ano que vem. Vou dizer isso e deixar isso aqui. E isso não significa que nós devemos gastar só os R$ 36 milhões e pronto. Nos próximos anos, também vamos ter de gastar dinheiro. Mas o modelo é simples. Há mais de dez anos fui à Venezuela e encontrei um sistema desse funcionando em Caracas, com uma sala de situação, onde as pessoas ficam sentadas todos os dias, ano novo, Natal e carnaval, que tinha uma relação direta com a Defesa Civil e radares para prever chuvas”, defendeu o secretário, acrescentando que um grande sistema nacional terá mais dificuldade de funcionar do que se ele for implantado um em cada prefeitura de médio porte.

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