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quarta-feira, 30 de março de 2011

OBAMA AINDA ACABARÁ ENTREGANDO A LÍBIA A GRUPOS TERRORISTAS

Logo após a rebelião no Egito, que terminou com a queda de Mubarack, quando começaram as agitações na Líbia, este blog registrou que Muamar Khadafi, há tantas décadas no poder, poderia enfrentar sérios problemas. Especialmente porque, no caso das revoltas dos países árabes-islâmicos, nota-se uma regularidade: apenas os regimes mais autoritários ou ditatoriais mais ou menos aliados ou simpáticos aos americanos estavam balançando. 

As dificuldades de Kadafi viriam de seu abandono pela esquerda internacional após sua decisão, há alguns anos de reconhecer que foi responsável por diversos atentados terroristas no Ocidente, que geraram muitas mortes, pelas quais pagou, então, após acordo, indenizações aos familiares.

Isso deixou Kadafi um pouco mais próximo do Ocidente e afastado dos socialistas e islamo-socialistas).

No início de janeiro, muitos comentaristas da imprensa tradicional voltaram-se para o que lhes parecia a Era das rebeliões Facebook e Twiter. Como se essas tecnologias pudessem, por si só, gerar rebeliões!

Analisando os regimes islâmicos, e como estão agrupados, em termos de geopolítica, diversos daqueles governos estão muito mais alinhados com o Irã ou com visões islâmicas mais próximas do que seria a da Muslim Brotherhood e outras instituições mais radicais, da política, como Hezbollah.

Kadafi é um maluco, realmente, mas conhece seu território e disse que no Leste da Líbia havia infiltração da Al-Qaeda. As redes de Tv árabes, Al Jazeera e Al Arabi deram muito espaço aos protestos, e ninguém pode esquecer que deram já anteriormente muito espaço aos discursos radicais do grupo terrorista.   

Em sua visita ao Brasil Barack Obama deu ordens para as forças armadas americanas atacarem as tropas de Kadafi, poruqe estas estariam massacrando civis.
De fato, Obama e seus atuais aliados nos ataques à Líbia tomaram um partido contra Kadafi em uma verdadeira guerra-civil, o que é um absurdo. Os "civis" líbios tomaram arsenais militares em algumas cidades e contaram com o apoio de soldados desertores.

Agora, após iniciarem uma guerra real na Líbia, mal conseguindo deter as tropas bombardeadas de Kadafi, o comandante da Otan reconheceu que podem ter havido enganos, e que os "civis" líbios também podem ser gente muito bem treinada em combate militar, como gente da Al-Qaeda, do Hezbollah e até mercenários. Isto é, as forças aliadas acabarão fazendo o serviço de casa para os rebeldes (ora chamados de civis, apenas).

Enquanto isso, procurando uma causa para a reeleição, Obama anuncia que poderá fornecer armas para os adversários de Kadafi, tomando partido em uma guerra civil.

A pergunta é: e se os adversários de Kadafi forem, não apenas alguns opositores internos, mas o Hezbollah e a Al-Qaeda se aproveitando da confusão e ficando com a herança? Pela primeira vez um presidente teria passado por cima do Congresso, ordenado os ataques, derrubado um aliado (embora louco e tirano) e ainda entregue o país a milhares de terroristas? Com um amigo assim, é ou não para Israel ficar preocupado?

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