CRIME NO MOTEL. VERÔNICA VERONE TERIA LIGADO DEZENAS DE VEZES PARA FÁBIO. "Ou será meu, ou de mais ninguém" ela dizia, segundo a irmã do empresário. O advogado de Verônica disse: "ela é muito doente".



VERÔNICA VERONE, 18 ANOS
Teria sido um caso de atração fatal?



Uma paixão mórbida. Uma verdadeira obsessão. Uma atração fatal.

Essa pode ser a explicação para o caso da morte de Fábio Gabriel Rodrigues, enforcado por Verônica Verone. Talvez Verônica não pudesse passar sem vê-lo, sem estar perto dele, sem ter a certeza do domínio sobre a sua pessoa. Sem a exclusividade da sua presença.

Isso é que poderia ter laevado o empresário a separar-se de sua mulher.

A polícia terá que fazer investigações para confirmar algumas informações coletadas junto a amigos e à família do empresário Fábrio Gabriel Rodrigues (33 anos), morto enforcado, segundo confissão dela à polícia, na madrugada de domingo, por Verônica Verone de Paiva (18 anos).

Segundo um sobrinho de Fábio, que tinha um lava-jato em Niterói, a moça teria ligado cerca de 140 vezes para o empresário e para a antiga família dele, para fazer ameaças. Segundo a irmão do empresário, no dia do enterro, ela ligou para ele muitas vezes na quarta-feira, tentando marcar um encontro. Também ligou na sexta-feira. Naquela noite acabaram saindo juntos e indo aoMotel Status, em Itaipu.

Parentes de Fábio dizem que ele não costumava sair com ela, e nem era seu namorado. Mas Verônica teria sido o pivô da separação dele e sua mulher. Segundo o sobrinho dele, Verônica ligava obsessivamente para o empresário e para a ex-mulher, fazendo ameaças. Segundo as informações ela dizia saber o itinerário das crianças para a escola e outras coisas da rotina da família.

Essa foi a última vez que Fábio viu Verônica. Como os antigos acreditavam, talvez a imagem de Verônica, aqueles olhos azuis acinzentados, fosse a última visão de Fábio, se houvesse como recuperar a memória da retina. Caso houvesse uma memória da retina. Depois o escuro e o silêncio. Depois? Não se sabe. Fábio  não está mais aqui para explicar os moments fatais, ou para defender-se das acusações. Essa tarefa ficou para a equipe da delegada Juliana Rattes.

Do motel ele só saiu morto, enforcado por um cinto. Segundo Verônica contou à Polícia, ela havia tentado estuprá-lo, o que a deixou muito nervosa e descontrolada. Após tê-lo enforcado, ela tentou arrastar o corpo pelas escadas mas não conseguindo deixou-o no chão. Foi encontrado por clientes que avisaram aos funcionários. A moça pagou a conta e foi embora com o carro da vítima, uma picape Mitsubishi.

PESSOA MUITO DOENTE

Ontem pela manhã, quando apresentou-se à polícia, pois havia uma decretação de prisão preventiva contra ela e ela estava foragida, o seu advogado Rodolfo Thompson disse que estão lidando com uma pessoa muito desequilibrada, doente mental, que "toma mais de dez medicações por dia, algumas de tarja preta."

Thompson disse à imprensa que essa explicação não faz parte de nenhuma estratégia de defesa: "ela realmente é doente".

Doente ou não, teria matado um homem. Assim a delegada Juliana Rattes, da 77ª DP vai investigar os telefonemas, a possível deonça, e se havia mais alguém com Verônica  no motel, além do morto. A família acha muito difícil que ela tenha forças para arrastar uma pessoa de quase cem quilos e 1,90 metro.

Segundo Verônica, antes de irem ao motel, Fábio quis comprar maconha e cocaína. Ela contou que não consumiu drogas. No quarto foram encontrados litros de uísque e estimulantes em lata. No carro do empresário foram encontrados alguns restos de cigarros de maconha e um pós branco que foi para a análise. Ela foi indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

A irmã de Fábio contou à TV que Verônica disse: "se não vai ser meu, não será mais de ninguém". 

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