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quinta-feira, 30 de junho de 2011

O CARRAPATO, SEIS MESES DEPOIS...

http://www.sponholz.arq.br/

MACHU PICCHU. Em julho o Perú comemora os 100 anos da redescoberta da Cidade Perdida dos Incas, por Hiram Bingham.








FOTOS: Gutenberg J.


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WIKIPEDIA
Machu Picchu (em Portugal também denominado de Machu Pichu)[1], em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.
O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interacção com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.
Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Redescoberta
Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficcionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de "a Cidade Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas. Porém, naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572. Ao penetrar pelo cânion do Urubamba, Bingham, no desolado sítio de Mandorbamba, recebeu do camponês Melchor Arteaga o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruínas. Alcançá-las significava subir por uma empinada ladeira coberta de vegetação.
Quando Bingham chegou à cidade pela primeira vez, obviamente encontrou a cidade tomada por vegetação nativa e árvore. E também era infestada de víboras.
Embora céptico, conhecedor dos muitos mitos que existem sobre as cidades perdidas, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical e, em evidente estado de abandono há muitos séculos. Enquanto inspecionava as ruínas, Bingham, assombrado, anotou em seu diário:

Cquote1.svgWould anyone believe what I have found? " (Acreditará alguém no que encontrei?)Cquote2.svg
Hiram Bingham

Depois desta expedição, Bingham voltou ao lugar em 1912 e, nos anos seguintes (1914 e 1915), diversos exploradores levantaram mapas e exploraram detalhadamente o local e os arredores.

HUGO CHÁVEZ FAZ PRONUNCIAMENTO E DIZ QUE ESTÁ LUTANDO CONTRA UM CÂNCER. Não disse quando volta à Venezuela.

Hugo Chávez, afinal, resolveu falar e acabar com o mistério. Enfrentou a realidade e assumiu que está combatendo um câncer que o afetou na região da virilha. Não informou, contudo quando volta à Venezuela, embora tenha dito que passou por duas cirurgias em Havana devido a um abcesso com células cancerosas.

Desde que havia sido internado, as autoridades de Havana e Caracas faziam um silêncio muito grande sobre a saúde de Chávez, o que alimentou boatos e rumores. Além de que em seu país os cidadãos já começavam a questionar um presidente que governa de longe e não passa o comando ao vice. O modo de tratar os fatos, nas ditaduras, não costuma funcionar muito bem. Ao menos agora a Opinião Pública sabe de que se trata e isso tranquiliza a todos.

LUANA, POR QUE VOCÊ NÃO VOLTA PARA CASA? Talvez nunca mais volte para a família porque pode ter sido cruelmente morta, esquartejada e queimada por traficantes em busca de vingança.



Os senhores e as senhoras, leitores, já tiveram o prazer de conhecer algum dos cinco simpáticos cidadãos apresentados nesse belo cartaz aí acima? Não? Pois eu também não, graças a Deus.

E não espero encontrá-los, uma vez que nada tenho a ver com procurados pela Polícia, assim como, creio, os leitores. Ainda mais de suspeitos do desaparecimento, de modo tão cruel, provavelmente, como dizem os boatos que foi o de duas moças indefesas do Rio de Janeiro. 

Se por acaso os senhores ou as senhoras, em alguma esquina da Cidade tiverem a sorte, ou o azar, de cruzar com uma dessas pessoas, faça-me o favor de ligar para o telefone indicado pelas autoridades. O mais rápido possível. A garantia de sigilo é absoluta.

Por estes dias, em que a vida humana já quase não vale mais nada, seria um prazer informar à Polícia o paradeiro de algum deles. Não pelo prêmio, pois a quantia oferecida, certamente, não faz juz à possível periculosidade de cada um. De minha parte, prometo que se encontrar algum deles, após a ligação, usarei o dinheiro para a criança de dois anos que, com certeza, a esta altura dos fatos ficou órfão de sua mãe.

Nem (Antonio Francisco Bonfim Lopes, chefe dos traficantes), Coelho (Anderson Rosa Mendonça), Ronaldinho (Ronaldo Patrício da Silva), Dorey (Tiago de Sousa Cheru) e Rodrigão (Rodrigo Belo Ferreira), da favela da Rocinha, são os acusados pela Polícia do Rio de Janeiro de terem provocado o desaparecimento da modelo Luana Rodrigues de Souza (de 20 anos) e sua amiga Vanessa de Oliveira (25 anos). Todos são traficantes de drogas e estão com a prisão decretada pela 3ª Vara Criminal da Capital. 

A esta altura do campeonato, desaparecimento está já significando morte. E saibam, leitores, uma morte das mais terríveis, caso sejam verdade os boatos, os cochichos, as meias informações que percorrem sussurrantes os becos e vielas de uma das mais famosas favelas do Planeta.

As garotas teriam sido mortas e esquartejadas pelos bandidos, e depois queimadas dentro de pneus, num método já conhecido popularmente por "forno microondas". O que não se sabe com certeza é se as moças foram torturadas e colocadas vivas no microondas, como acontece com certa frequência em alguns morros do Rio de Janeiro, ou se foram mortas e queimadas depois. Mas todos dizem que elas teriam sido esquartejadas. Vivas ou mortas?

É horrível imaginar qualquer dessas cenas não? Animalesco, realmente. Pensam que eu gosto de citar isso para criar algum tipo de efeito narrativo? Não. Não se trata disso. É que gosto que as pessoas imaginem a sensação de ser esquartejado sem anestesia, lentamente, enquanto observa um bando de sujeitos mal-encarados preparar um "forno" onde queimará você ainda vivo, ou morto. 

Esses bandidos são sustentados pelos que usam drogas. Não me venham com o famoso "coitados dos viciados". Eles não eram viciados antes. Sempre tem a influência dos amigos, os maus amigos, da mistificação da imprensa, dos filmes, da TV. Transgredir é muito bacana para alguns autores. É romântico e moderno. Duro é aguentar as consequências depois.

Isso pode acontecer a qualquer um, a uma garota bonita, modelo, mãe de uma criança de dois anos, ou a um sujeito tão ruim como quem despedaça e queima um corpo dentro de um pneu de caminhão ou de trator.

No Rio de Janeiro a bandidagem é democrática. A morte, então, é muito mais ainda, pois não faz muitas escolhas. Vai levando quem passa diante de balas perdidas, ou em arrastões, ou em brigas de quadrilhas. Tenho dito, com certo pesar, pois a cidade é muito bonita, vista em um cartão postal, que a desgraça do Rio de Janeiro é a sua cultura, a Cultura Bandida. Essa zona cinzenta em que tudo se dissolve, se dilui, em que todos os gatos são pardos.

Não há bons e maus. Só há gente que sai de seus recantos confortáveis de gente rica ou classe média alta, em Ipanema, Leblon, Barra, e vai buscar suas doses de maconha, cocaína, haxixe, crack. É, há de tudo um pouco. Até o perigosíssimo oxi. O Rio de Janeiro não é, necessariamente melhor ou pior que outras cidades brasileiras. É apenas diferente.

Mas essa diferença é tristemente desfavorável à cidade. A cultura bandida torna tudo difuso. Gente de "famílias boas" acha que não há nada demais em "dar uns tapas", uma cheiradinha. Que ninguém é de ferro. No domingo sempre haverá uma "marcha contra a violência". Pronto. Marchamos e está tudo resolvido. Esticamos uma faixa na avenida e a nossa consciência estará em paz.
Foi por isso que essa gente esnobe e metida a besta não gostou do filme Tropa de Elite (I). Ficou claro: quem fuma maconha e usa outras drogas é responsável por tudo o mais. E não adianta ficar com conversinhas sobre plantar em casa e que a liberação resolveria o tráfico. Droga é destruição e violência, em qualquer lugar.

Não seria diferente no Rio ou em outra cidade do Brasil. Os usuários ainda não viciados, ou os potenciais candidatos, deveriam procurar imagens das matanças promovidas pelas quadrilhas do México. Se pensam que há gente má no tráfico carioca, sempre é possível aprender mais um pouquinho. É só uma questão de tempo.

As coisas, no Rio, formam um tecido entrelaçado demais, a esta altura. A Cultura Bandida, que se reflete em letras de música, na ruptura de qualquer barreira ou código, como se não houvesse mesmo Bem e Mal, a literatura que vê com olhos de perdão os bandidos (vistos como eternos injustiçados sociais) e os policiais como os eternos vilões, o cinema, ai que cansativo! Sempre a mesma estética da miséria e da violência pegajosa. Que saudade de alguns filmes de Jabor ou do Cacá Diegues.

O que poderia fazer uma menina de uma família humilde como Luana?  Os meios de comunicação valorizando o corpo nu, o deboche, o funk bandido, justificando as bandalhices como glória, o amor fácil como conquista. O erotismo enrustido, a lassidão mal disfarçada.

As meninas acabam imitando os modelos comportamentais que servem de referência, manual e guia. Artistas que se drogam e são valorizados. Gente que se mete em encrenca e não sofre punição. Dinheiro, muito dinheiro. Bebida. Fumaça. Êxtase. A ilusão de uma vida de princesa. A paisagem é linda, a tarde é propensa ao romance. Romances. Romances. Ilusão sem fim. Aproveitar enquanto se tem vinte anos e um corpo de vinte anos. E a facilidade e a ilusão das redes de relacionamento.

O Rio de Janeiro é uma cidade perigosa, em muitos sentidos. Desde os tempos do Império. Basta ler o João do Rio, as histórias de subúrbio do fabuloso Nelson Rodrigues. Procurem ler Nos Tempos de Paula Nei, ou Emílio de Menezes, o último dos boêmios. Como o Rio foi perder aquela doçura, aquela leveza, sagacidade, bom humor, "joie de vivre"? Como foi se transformando nesse lugar do mal, do relativismo moral, da falta de limites, do pecado mais cafajeste, realmente do pecado? 
  
Esquartejar uma pessoa viva, torturá-la até vê-la agonizante é modo de adquirir prestígio, de ganhar status? No Rio de hoje, infelizmente, sim. Nos tempos de Castro Alves e Olavo Bilac o prestígio era diferente, e se adquiria por outros meios.

O Rio de Janeiro, apesar de tudo, decaiu. Apesar das bobagens ditas pelo governador e seu secretário de Segurança sobre "pacificação de favelas". Uma piada grotesca. De muito mal gosto. Ninguém está pacificando absolutamente nada. Nenhum governo carioca atacou o problema desde a raiz. Deixaram a não-Lei ocupar os vazios. E a não-Lei faz as suas próprias leis. Hoje a polícia ocupa alguns territórios, mas nada mudou na cultura.
Afinal, o que fez Luana Rodrigues?


FOTO BLOG ACEVEDA
.http://aceveda.com.br/blog/?p=31501
Bem, pelo que se sabe e pelo que se diz e lê, era uma garota bonita, de fácil relacionamento social, extrovertida, um belo sorriso, muita alegria. Talvez até demais.

Sabe-se lá o que se passa na cabeça de uma adolescente. Pais devem tentar entender e educar seus filhos. Mas que sabemos de sua família?

Certamente a ama e a amava (nem sei qual tempo de verbo usar) como o fazem tantas outras famílias com filhas adolescentes.

Mas isso basta? Como explicar valores em uma sociedade em que a imagem é tudo, e o dinheiro do pai acaba antes do final de cada mês?

Jeans da moda, tênis bacana, camiseta de grife? Rayban? Passeios? Computador? Quero, quero, quero.

O que acontece com muitas garotas bonitas e pobres? Muitas vezes acabam se iludindo com as imagens de modelos famosas, as misses, as estrelas de novela, as "pin-ups".

Agora os programas "reality show". Uma vaga talvez? Um book de fotografia. Mas como? Poses sensuais, sensuais demais para a idade, ou para a realidade da garota.

Muitas ficam parecendo muito mais como vadias de álbuns de garotas de programa que simples meninas em busca  de um lugar ao sol. As agências as iludem, os fotógrafos as iludem, e querem tirar uma casquinha. Elas acabam se iludindo também. E a pior ilusão é a auto ilusão. Isso pode não ter acontecido com Luana. Mas é um caminho trilhado por muitas nas mesmas condições.

Foto * (abaixo)
Uma vez isso acontecido, namoros, "ficar", filhos. Uma droguinha aqui, uma cervejinha ali. Um uísque, uma cheiradinha. Uma farrinha num motel da Barra. Vocês estão lembrados ainda de Verônica Verone, de Niterói?

Um amasso em um carro de um bacana em Búzios. Um bailinho funk na favela. Um garoto simpático, traficante ou filho do chefe traficante.

Quem sabe o que se passa na cabeça da maioria das garotas? O que se sabe exatamente de tentar um lugar ao sol? O que se sabe realmente de Luana Rodrigues de Souza? Quase nada.

O sumiço

Felipe Ettore, delegado da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, disse à imprensa que o sumiço de uma carga de haxixe no valor de R$ 30 mil motivou o desaparecimento de Luana. Ela e Andressa saíram de casa no dia 9 de maio, em direção à Rocinha, e nunca mais foram vistas com vida.

A droga era de um traficante do morro de São Carlos, no Estácio, centro da capital. Antes de ser ocupada pela polícia (pacificada), o lugar era dominado pela mesma facção que controla o tráfico de drogas na Rocinha. Diz o delegado que Luana seria responsável pelo transporte das drogas da favela para outras comunidades.

Ettore afirma que ambas foram julgadas e condenadas à morte pelo "tribunal do tráfico", comandado por Nem. Ettore disse que cinco mandados de prisão foram expedidos por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

Ossos humanos

Policiais civis da Divisão de Homicídios (DH) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) encontraram na quarta-feira três ossos humanos em diferentes pontos da mata na favela da Rocinha. Os agentes encontraram ainda um local com características de um "microondas" (apelido dado por traficantes a locais de execução, no qual corpos são carbonizados com pneus queimados).

Ali Luana e Vanesa poderiam ter sido mortas. O local seria usado para torturar, matar e queimar inimigos ou, como se diz entre os traficantes, os "x-9", os delatores, informantes da polícia. Teriam eles imaginado ser Luana uma X-9?

Aproximadamente 130 homens realizavam uma operação na comunidade, especialmente na Divineia, à procura do corpo. A polícia não trabalha mais com a possibilidade de Luana ser localizada com vida.

A jovem tinha um filho de 2 anos com um morador da favela, morava na Estrada das Canoas e fazia parte da agência de modelos Dream model's. Segundo amigos e conhecidos, talvez estivesse de namoro com um sujeito da Rocinha, policial militar, ou com um traficante. Ou ambas as coisas. Não se sabe ao certo.

O fato é que o relacinamento dela com o policial pode ter despertado a suspeita de que tivesse passado informações que levaram ao encontro de 2,6 toneladas de maconha no mês de abri, comprometendo o comércio. Mas outras informações indicam que os bandidos não teriam gostado do sumiço de uma caixa de haxixe avaliada em R$30 mil. Supõe-se que o sumiço se deveu a um suposto namorado dela, também traficante.  

As investigações indicam que o chefe do tráfico da Rocinha autorizou que Coelho, Dorei, Ronaldo e Rodrigão da Cachopa esquartejassem e queimassem os corpos das jovens antes de serem enterrados na mata.

De fato, nada é realmente certo. A única certeza é o desaparecimento de ambas, provavelmente mortas agora. Elas sumiram no dia 9 de maio. Mas as famílias nada disseram à polícia. Mesmo no dia 18 de maio quando houve uma missa. A polícia, informada posteriormente, suspeita de que os familiares receberam ameaças para obrigá-los ao silêncio.

Segundo os levantamentos policiais, após a quebra do sigilo telefônico de Luana, ela falou com 16 pessoas antes de desaparecer. Duas ligações são consideradas fundamentais para esclarecer o caso. Com duração média de dois minutos, as ligações foram feitas quando Luana estava no alto da favela, em poder de traficantes.

A quebra do sigilo possibilitou identificar testemunhas, cujos nomes são mantidos em sigilo. Ouvidas pelos agentes da DH, elas confirmaram que Luana tinha estreita relação com traficantes da favela. A modelo trabalharia como "mula", fazendo o transporte de drogas da Rocinha para o Morro de São Carlos, no Estácio, até a favela ser pacificada, em fevereiro.

Em seguida teria continuado a trabalhar para o grupo do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe da Rocinha e no Vidigal. Luana tinha boa aparência e poderia não despertar suspeitas.

Sem saber que os bandidos desconfiavam dela, atendeu a um chamado de um traficante da Rocinha e, no dia 9, quando desapareceu, foi até o morro para "um desenrolo", isto é, para esclarecer algumas pendências. As tais pendências deveriam ser grandes, pois Luana Rodrigues nunca mais voltou, nem para sua casa, e nem para seu filho de dois anos.

A vida é muito dura. A vida ilude. O terreno pode ser falsamente firme. E nem todos estão preparados para a areia movediça.

Os pais da modelo, Miraldo de Sousa e a costureira Suili Rodrigues Rosa prestaram depoimento à Polícia informaram que tentaram várias vezes o contato pelo telefone celular, sem sucesso.  Ambos alegaram não saber do contato dela com traficantes. 

Moda, surfe

Moradora da Vila das Canoas, Luana Rodrigues seguiu seus sonhos e cursou a Dream's Modelos - uma escola de modelos da Rocinha - quando tinha 15 anos. Chamava a atenção pela altura: 1,75 metro. Amigos dizem que chegou a ser abordada no BarraShopping por um olheiro de uma agência de modelos.

Além dos desfiles dos quais participou, a jovem gostava muito de surfar na Praia de São Conrado. Em suma, Luana viveu como imaginou ser, uma modelo, sem ter sido uma, de fato, conforme surgem agora outras histórias sobre sua vida e possível morte. Uma história triste e comovente.

TEXTO PRODUZIDO COM INFORMAÇÕES COLETADAS EM DIVERSOS JORNAIS E SITES. 
Foto *:

OAB CRITICA INDICIAMENTO DO JORNALISTA ALLAN DE ABREU DO "DIÁRIO DA REGIÃO" DE S. J. RIO PRETO. "É cerceamento da liberdade de imprensa".

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por meio de seu presidente, Ophir Cavalcante, criticou hoje (quinta), segundo os sites noticiosos, o indiciamento pela Polícia Federal de um jornalista de São José do Rio Preto, Allan de Abreu, repórter do jornal "Diário da Região". Para o presidente da OAB o ato é um claro movimento de cerceamento da liberdade de imprensa.   

Na nota da OAB Cavalvante afirmou que "a partir do momento em que chega a notícia nas mãos do jornalista, ele tem o dever de divulgar". Para Ophir Cavalcante é inadmissível "qualquer cerceamento à liberdade de expressão e de informação, nem a pretexto de se defender a intimidade, a honra e a vida privada das pessoas".

Segundo o advogado, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que, dentro dos princípios constitucionais, o direito à informação se sobrepõe ao direito à intimidade, à vida privada e à honra. "Isso acontece porque a Constituição, no seu artigo 220, diz que a liberdade de imprensa, de expressão e de pensamento é plena, não podendo sofrer qualquer limitação".

Para o presidente da OAB. já existe penalização a jornalistas que, no exercício profissional, atinjam a honra e a intimidade de outras pessoas. "O jornalista, ainda que o processo esteja sob sigilo, responde civil e criminalmente por esses atos, de forma que não se pode impedir previamente que a imprensa divulgue qualquer informação", disse.

ESCUTAS

Segundo as notícias, Allan de Abreu foi indiciado pela PF a mando do procurador Álvaro Stipp, após publicar duas reportagens com dados obtidos por meio de escutas telefônicas feitas pela polícia na Operação Tamburutaca. A operação investiga esquema de corrupção de fiscais do Ministério do Trabalho suspeitos de exigir propina para livrar empresários de multas trabalhistas.

Segundo o repórter, no dia seguinte à primeira publicação, o procurador da República Álvaro Stipp o chamou e questionou quem havia passado as informações para o jornal. Abreu diz que se negou a revelar a fonte, apesar da insistência do procurador.

Após uma segunda reportagem, o procurador pediu abertura de inquérito para investigar o vazamento das informações e solicitou o indiciamento do jornalista. Para Stipp, o repórter descumpriu a lei 9.296, de 1996, que considera crime "quebrar segredo de Justiça sem autorização judicial". Evidentemente o procurador está fazendo uma interpretação pessoal da lei, uma vez que quem quebrou o sigilo foi quem vazou a informação. certamente algum, funcionário público. O jornalista publicou as informações de interesse público. 

Pelo que se entende, essa é a tarefa do Jornalismo, apoiada na Constituição Federal e, certamente, com futura garantia do STF, se, por acaso, o processo tiver que ser mandado a Brasília.

Certa vez ouvi de alguém da área: "tem gente que gosta de brigar com o mensageiro quando a notícia é ruim". É a mais pura verdade. 

HACKER INVADIU SITE DO PT E EMAILS DE DILMA ROUSSEFF. Mercadante poderia chamar o rapaz para trabalhar na Ciência e Tecnologia. Já o ministro Cardozo prefere colocar a PF atrás do sujeito. Quem está certo?


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ordenou que a Polícia Federal comece a investigar e localize o hacker  que contou à imprensa ter invadido o site do PT e o correio eletrônico pessoal da presidente Dilma Rousseff. 

O Brasil anda numa fase bem animada, com ataques de hackers a sites e sistemas operacionais de mais de 200 empresas e portais governamentais. Imagino que o ministro da Justiça deve ter entrado em acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e atendido a sua vontade de contactar, talvez para contratar, os tais invasores.

Ou é isso, ou o governo não anda se entendendo em seus bastidores. Cardozo parece encarar como criminoso quem viola sites e emails alheios, o que de fato é verdade, diante da legislação. Já Mercadante parece meio deslumbrado com as diabruras dos garotos e chegou a falar à imprensa que seria muito interessante o Governo chamar os hackers para conversar, quem sabe pudessem ajudar a melhorar os sistemas operacionais. Que lindo! 

Mercadante tem dia que parece que fica sonado e não avalia bem o que fala. Um ministro deve pesar muito bem as suas palavras. Tudo acaba caindo na Opinião Pública, e nem sempre dá para ficar dizendo que a culpa é da oposição, da "mídia", ou de FHC. Haja!

Hackers, sejam eles vistos como do bem ou do mal, por Mercadante, são pessoas tentando capturar propriedades alheias, sejam elas virtuais ou não. Invadem a privacidade, contabilidade, dados sigilosos. Isso costuma ser visto como crime.

Ocorre que, num ambiente, talvez, habituado à confecção de dossiês, nem sempre com informações verdadeiras, ou obtidas conforme as regras civilizadas, pode ser que alguns achem um pouco mais normal a ação de um hacker .  

De certo modo é melhor mesmo tê-los como amigos que como inimigos. Mas ficar do lado deles, como amigos, pode colocar uma pessoa no campo oposto ao das leis, não é?     

FOLHA DE S PAULO

Segundo conta Valdo Cruz, em matéria da Folha de hoje, um hacker copiou e-mails que ela recebeu durante sua vitoriosa campanha à Presidência da República, no ano passado. O rapaz tentou vender os arquivos a políticos de dois partidos de oposição, o DEM e o PSDB, mas disse que não teve sucesso.

A Folha encontrou-se com o hacker na segunda-feira (27), num shopping de Taguatinga (DF), a 20 km de Brasília. Ele não quis se identificar. Disse que se chama "Douglas", está desempregado, mora na cidade e tem 21 anos.

Na semana passada, uma onda de ataques de hackers teve como alvo sites de órgãos do governo federal. Segundo balanço divulgado pelo Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) na terça-feira (28), vinte portais do governo e 200 sites municipais, principalmente de prefeituras, foram atacados.

O mais crítico, segundo afirmou o diretor-presidente da empresa, Marcos Mazoni, foi o ataque ao site da Presidência da República, ocorrido na madrugada de quarta-feira (22).

No dia seguinte ao ataque, o grupo de hackers LulzSecBrazil, responsável pela maioria das ações, postou em sua conta no Twitter um link para um arquivo com supostos dados pessoais de Dilma, como números do CPF e do PIS, data de nascimento, telefones e signos.

"Douglas" afirma que não integra o grupo que realizou estes ataques.

INDICIAMENTO DO JORNALISTA ALLAN DE ABREU É INCONSTITUCIONAL. Procuradoria Federal de SJ Rio Preto deveria investigar quem vazou os dados, certamente um funcionário público. As reportagens tratavam de investigação sobre corrupção de fiscais do Trabalho.

Foto: Edvaldo Santos

Reproduzirei aqui, integralmente, o texto de Reinaldo Azevedo, de hoje, sobre o indiciamento de um jornalista de São José do Rio Preto, para poder ser absolutamente fiel às idéias do autor. Ao pé da página uma matéria do Diário sobre o caso envolvendo o jornalista.  

Todos sabem que Azevedo é claríssimo na suas explicações.

Sobre o absurdo do caso relativo ao indiciamento de Allan de Abreu, por haver, segundo um procurador da República, "quebrado o sigilo de Justiça" de um caso envolvendo corrupção de fiscais do Trabalho, deixo as explicações para ele.


30/06/2011
 às 5:59

Ameaça à liberdade de imprensa: o indiciamento absurdo e 

inconstitucional de um repórter


Leiam com muita atenção o que segue abaixo. Volto em seguida.
Por Natalia Cancian, na Folha:
A Polícia Federal indiciou um jornalista de São José do Rio Preto (SP) sob suspeita de divulgar informações preservadas por segredo de Justiça. Allan de Abreu, repórter do “Diário da Região”, foi indiciado após publicar duas reportagens com dados obtidos por meio de escutas telefônicas feitas pela polícia na Operação Tamburutaca. A operação investiga um esquema de corrupção de fiscais do Ministério do Trabalho suspeitos de exigir propina para livrar empresários de multas trabalhistas. Segundo o repórter, no dia seguinte à primeira publicação, o procurador da República Álvaro Stipp o chamou e questionou quem havia passado as informações para o jornal. Abreu diz que se negou a revelar a fonte, apesar da insistência do procurador. Após uma segunda reportagem, o procurador pediu abertura de inquérito para investigar o vazamento das informações e solicitou o indiciamento do jornalista.
Para Stipp, o repórter descumpriu a lei 9.296, de 1996, que considera crime “quebrar segredo de Justiça sem autorização judicial”. “Pegou de surpresa”, disse Allan de Abreu: “Essa prática [de divulgar informações sob segredo de Justiça] eu já fiz antes em duas ocasiões e nunca aconteceu nada. E não lembro de ter acontecido com alguém. Jamais esperava isso, sobretudo de um procurador, a quem cabe zelar para liberdade de imprensa”. Stipp diz que a lei vale para qualquer pessoa que divulgar a informação e que o repórter não tem “imunidade” por ser jornalista. “Em uma democracia, temos que respeitar as instituições. Se o Judiciário diz que está em sigilo de Justiça, está em sigilo de Justiça e ponto.” Ele afirma que também pediu o indiciamento do editor-chefe do “Diário da Região”. Segundo o procurador, a divulgação prejudicou as investigações: uma das pessoas citadas nas escutas divulgadas, e que poderia servir como testemunha, sumiu.
Stipp diz que não é contra o repórter ter tido acesso aos dados, mas por ter divulgado uma parte do processo. O delegado da PF José Eduardo Pereira de Paula diz que só indiciou o repórter por ordem do procurador. “Estou dentro de um sistema. Não é minha vontade que prevalece”. O repórter responderá formalmente pelo caso e pode ser denunciado à Justiça. Se for aberto processo contra ele, pode ser multado e condenado a até quatro anos de reclusão. Abreu pediu liminar para anular o indiciamento. A Associação Nacional de Jornais e a Associação Brasileira de Imprensa repudiaram o seu indiciamento.
Voltei
Eis aí. Estamos diante de uma questão das mais interessantes. Os artigo 5º e 220 da Constituição proíbem qualquer forma de censura à livre circulação de informação. Leiam:

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

A Lei 9,296

O apelo à Lei nº 9.296 para indiciar o repórter é uma barbaridade. Fosse assim, quase não haveria mais jornalistas nas redações. Estariam todos na cadeia. A íntegra da tal lei está aqui. O único trecho que explica, mas não justifica, o indiciamento é este:

Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Ocorre que, então, para indiciar o repórter, seria necessário ter um indício ao menos de que foi ele que quebrou o segredo da Justiça. Foi? O promotor tem essa evidência? E a PF? Ora, quem tem de preservar esse sigilo e, conseqüentemente, ser punido, o que é correto, se não cumprir o seu papel? O agente público.
Parece que o promotor ainda não entendeu que jornalista não é funcionário do estado ou do governo — quer dizer: alguns são… Alguém quebrou o tal segredo e forneceu as informações ao repórter. Se ele sabe, outros também saberão. Melhor uma informação que vem a público do que outra que fique circulando nos bastidores, fomentando chantagem. Jornalista não quebra segredo de Justiça! No máximo, noticia a quebra, o que é coisa bem diferente.
Se esse negócio prospera, chegará ao Supremo. E, evidentemente, Allan estará livre de qualquer punição.
Por Reinaldo Azevedo  

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São José do Rio Preto, 28 de Junho, 2011 - 1:50

Polícia Federal indicia jornalista do Diário
Raul Marques           

A Polícia Federal de Rio Preto indiciou o jornalista Allan de Abreu, do Diário da Região, por divulgar informações que estão sob segredo de Justiça. O profissional foi indiciado pelo delegado José Eduardo Pereira de Paula por determinação do procurador da república Álvaro Stipp. A medida foi duramente criticada por associações brasileiras de jornalismo e especialistas em direito e classificada como tentativa de coibir o trabalho realizado pela imprensa.

O indiciamento ocorreu porque o jornal divulgou, em duas reportagens publicadas no mês passado, informações oriundas de escutas telefônicas feitas pela polícia na operação Tamburutaca, que investiga há um ano um megaesquema de corrupção entre auditores fiscais, representantes de sindicatos e empresários para driblar leis trabalhistas com o pagamento de propina.

Segundo a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), o procurador não pode pedir o indiciamento de ninguém. “Essa decisão cabe ao delegado. O procurador só determina a instauração do inquérito”, afirma o vice-presidente da ANPR, José Robalinho. Ele diz que a associação não pode analisar a postura de Stipp. “Cada procurador tem autonomia para tomar decisões a partir de seu entendimento da lei.” Allan de Abreu, por sua vez, afirma que o delegado deixou claro, durante a assinatura do indiciamento, que só estava cumprindo ordens.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) lamenta e condena a iniciativa de buscar a criminalização do jornalista por usar o sigilo da fonte. Essa decisão fere um princípio constitucional e fundamental para a liberdade de imprensa e a democracia. É uma afronta contra a liberdade de imprensa”, afirma o diretor-executivo da instituição, Ricardo Pedreira. Segundo ele, o segredo de Justiça vale para os agentes de Estado envolvidos com a investigação. “O jornalista não pode ser punido ou considerado coautor se a informação chegou e ele a divulgou. A ANJ espera que essa decisão seja anulada.”

Abreu foi indiciado com base no artigo 10 da lei 9.296, de 1996. O texto diz que constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Em caso de condenação, a pena varia de 2 a 4 anos de prisão, e multa.

A primeira reportagem que continha o teor das escutas foi publicada em 1º de maio. No dia seguinte, Stipp chamou o repórter e questionou quem havia passado as informações para o jornal. Como não obteve resposta, mandou a PF instaurar inquérito. Só após a segunda reportagem, veiculada em 6 de maio, o procurador determinou o indiciamento.

“O sigilo da fonte é um preceito constitucional e não comporta flexibilidade, de modo que o jornalista - embora responsável pelo que publica - não pode sofrer restrição diante da negativa de informar sua fonte. O Estado Democrático de Direito tem na liberdade de imprensa um dos pilares de sustentação da própria democracia. Não se pode admitir a violação desse primado constitucional sob pena de trazer consequências ao exercício da cidadania”, afirma o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso.

Já o diretor-executivo da Transparência Brasil, Cláudio Weber Abramo, e o diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) Plínio Bortolotti também condenaram o indiciamento e afirmaram que a atitude significa clara tentativa de impedir o trabalho da imprensa.

ABI diz que ato é uma agressão

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) expressou, na tarde de ontem, seu protesto contra a decisão das autoridades policiais de Rio Preto e do representante local do Ministério Público Federal de pressionar o jornal para revelar a fonte das informações que foram publicadas sobre a investigação de irregularidades na Delegacia Regional do Trabalho.

Segundo o presidente da ABI, Maurício Azêdo, “o comportamento dessas autoridades constitui grave agressão à liberdade de imprensa, disfarçada sob o eufemismo de que o Diário da Região vem publicando informações acerca de investigações que ocorreriam sob segredo de Justiça.”

A ABI informa ainda que essa alegação carece de fundamento constitucional. “A obrigação de manter e resguardar segredos de Justiça em procedimentos policiais ou judiciais é das autoridades que a decretaram, e não dos jornalistas ou da imprensa. A obrigação dos jornalistas é com a divulgação de informações, e não com o seu ocultamento.”