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quarta-feira, 6 de julho de 2011

AS PLANTAÇÕES DE COCA PERUANAS ESTÃO A 50 METROS DE NOSSAS FRONTEIRAS.


Militares destroem plantações de coca

A Polícia Federal parece estar descobrindo a América, no que se refere ao fato de que produtores de coca rondam as nossas fronteiras. 

Notícias de hoje dão conta de operações da PF com tropas peruanas na região fronteiriça de Tabatinga, na área da tríplice fronteira (Brasil, Perú e Colômbia).  As operações são ao Norte do Perú, numa região absolutamente despovoada e perto de área em que há guerrilha colombiana.

A imprensa de língua espanhola, do Perú, Colômbia, e mesmo da Bolívia, trata dessas questões há anos. 

Há mais de cinco anos existem notícias frequentes na imprensa peruana sobre o retorno do grupo Sendero Luminoso, o grupo terrorista que matou 57 mil pessoas nos anos 80.

Os senderistas, estimados em cerca de 600 ou 700 militantes, atualmente parecem ter mudado o seu modo de operar, apelando a relações de boa vizinhança com os camponeses. Os terroristas ainda praticam atentados, mas não na mesma escala dos anos 80.

Atualmente, estimulam os camponeses peruanos a produzirem coca oferecendo-lhes proteção, e comprando a produção que virará cocaína e será mandada a vários países, entre eles o Brasil, assim como acontece com a cocaína colombiana e a boliviana. Muitos camponses sentem-se atraídos pela oferta, uma vez que a coca rende várias vezes mais por ano, em receita familiar, que o milho ou outras plantações. 

O Sendero está usando  o mesmo método das FARC, o que evidencia, segundo especialistas, que os dois grupos estão mantendo contato e, ainda com produtores bolivianos. As Farc tem campos de concentração na selva, onde mantém mais de 600 prisioneiros (seqüestrados), fazem atentados contra civis, policiais e militares, mas estão sendo acuados na região da selva amazônica pelo Exército da Colômbia.


O Sendero não está no mesmo nível de atuação, mas na verdade as aproximações com os camponeses também não são totalmente pacíficas, pois estes têm dos narcotraficantes.

O processo de relacionamento não é muito diferente do que se pode observar nas favelas do Rio de Janeiro dominadas pelo tráfico que, aliás, mantém contatos com as FARC. A cocaína colombiana mata milhares de jovens brasileiros pelo seu uso e pela violência decorrente.

O governo federal, ao melhorar as condições da Polícia Federal de combate ao crime não faz mais do que a sua obrigação, já que o brasileiro é um dos maiores pagadores de impostos do mundo. Mas ainda falta uma postura mais dura e critica às FARC, vista como se fossem apenas um grupo lutando contra o governo por convicções políticas.

Alguém precisa contar à presidente Dilma Rousseff que as FARC são apenas terroristas e traficantes de armas e drogas, e que o governo Colombiano há  anos é eleito democráticamente.

E agora não há mais motivo para lutar pegando em armas. De fato, o momento de entrar na política já passou para as FARC, são bandidos porque querem. O governo do Brasil precisa respeitar os colombianos e reconhecer isso. A população colombiana é de 45 milhões de habitantes, as FARC têm hoje de 5000 a 6000 membros! Não expressam absolutamente nada em termos políticos. 

Enquanto isso não acontecer, e ministros nossos ficarem se lamentando em reuniões do Foro de  São Paulo (há vídeos no You Tube e cópias) pela morte de líderes dos terroristas colombianos, o combate ao narcotráfico não será realmente eficaz.  

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