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terça-feira, 11 de outubro de 2011

QUEM FICARÁ COM O TOTÓ APÓS O DIVÓRCIO? Deputados inteligentes pensam em tudo, até mesmo nisso!... O Brasil, certamente, não tem problemas.


O Brasil é o pais com o maior número de demagogos e oportunistas políticos por metro quadrado do mundo. Por falta de algo mais sério a fazer, certamente, um deputado federal do PSB-SP (Ubiali) resolveu apresentar um projeto (PL 1058/11) que regulamenta com quem, de um casal, ficará a guarda de animais de estimação, no caso de separação.

Eu sempre pensei que as pessoas conversavam e decidiam o que fazer de forma amigável. Se há uma pendência, entretanto, para que serve a Justiça, afinal? Então o nobre deputado está preocupado com os sentimentos dos donos do animal e os do animal? Pois bem, e qual o sentido de meter-se na vida privada para decidir com quem fica a tartaruga, o gato, o cão, um casal de passarinhos? 

Visto que o filão de “pets” é gigantesco no Brasil, creio que o interesse do autor vá mais longe do que os sentimentos do Totó. Claro que ligo para os Totós. Tenho um lá em casa.

Nem sei se o projeto admite a possibilidade de nenhum dos cônjuges querer ficar com o animal. Fica autorizada a doação? Será que o projeto prevê pensão para o bicho?
  
E se um casal briga por conta de uma cristaleira de 150 anos de família e de estimação? O casal que se dane ou devem ir à Justiça? Ou o deputado vai alegar que cristaleiras antigas não amam seus donos? Mas seus donos podem gostar muito do móvel, ou não? Mas isso não é um problema privado? O que é que os legisladores têm que se meter na vida privada?   

Qual o sentido de legislar sobre isso? A lei vai definir a capacidade emocional de vínculo do animal com o seu dono? Vai valer só para cães e gatos? E para hamsters ou ratos brancos? E peixinhos do aquário? Ou peixinhos não são animais? E para minhocas ou amebas? Pessoas podem querer ter amebas em casa. Algumas Câmaras têm amebas.

Será que o projeto prevê algum tipo de laudo sobre o tamanho do cérebro do animal e seus filamentos nervosos para saber se o bicho têm emoções? Vão analisar as abanadas de rabo do Totó? Quem definirá isso? Um veterinário? Um biólogo? Um zoólogo? Um psicólogo de animais? E se o casal tiver um enxame de abelhas africanas? Cada um ficará com a metade? Deus do céu!

E o deputado Ricardo Trípoli (PSDB), o relator, sugere mudanças no projeto. Tudo bem, se pessoas têm animais, que sejam punidas por maus tratos. O resto, é um problema particular, qualquer dia  outro deputado legislará sobre heranças para bichinhos de estimação. Sugiro um tipo de Fundação Casa para aqueles mais agressivos e que atacam pessoas e matam seus donos. 

Brasil é mesmo, segundo o Macaco Simão, o pais da piada pronta! 
  

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