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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A MORTE DO DITADOR KIM JUNG-IL NORTE-COREANO E A MANIPULAÇÃO DAS MASSAS. A histeria coletiva mostrada pela televisão da Coréia do Norte é um misto de sentimento de perda do líder, incerteza com relação ao futuro, comportamento mimético e medo da punição. Ditaduras são ambientes cruéis e brutais, transformam as pessoas em corpos sem vontade própria.


PRECISO SER VISTA CHORANDO!

O GRANDE LÍDER, INVENTOR DO HAMBURGER

ESPETÁCULO DE COMPORTAMENTO MIMÉTICO

LAVAGEM CEREBRAL GERA HISTERIA COLETIVA

O BIG BROTHER ESTÁ DE OLHO EM VOCÊ

MENINO ALEMÃO DA HITLERJUGEND

Acho importante tratar do grotesco espetáculo das multidões urrando, gritando, batendo com os pulsos no chão em Pyongyang e outras cidades da Coréia do Norte, como se participassem de um concurso para determinar o choro mais convincente. Aquelas carpideiras do comunismo stalinista norte-coreano são o melhor retrato daquilo em que nos transformam as ditaduras totalitárias.

A Coréia do Norte é uma amostra do que foi, nas devidas proporções, a própria União Soviética, a Albânia e mesmo a queridinha Cuba (para os nossos esquerdistas de plantão). Orientais são diferentes dos latinos, cumprem mais à risca seus papéis, mas acredito que veremos algo muito parecido quando a múmia tirana de Cuba, Fidel Castro, bater as botas, apesar do clima agradável do Caribe. As multidões uivarão em fúria.

As fotografias das agências de jornalismo e as imagens divulgadas pela imprensa norte-coreana me fizeram pensar nas imagens da Juventude Hitlerista (Hitlerjugend), ou na juventude comunista soviética (Komsomol) ou nas hordas de pequenos fascistas, os Figli Della Lupa, italianos.

As ditaduras, especialmente as totalitárias, precisam tirar as crianças da responsabilidade das famílias, da igreja ou de qualquer outra instituição, para que se possam formar gerações de fanáticos. Assim é em Cuba e assim está sendo na Venezuela de Hugo Chávez, com as milícias bolivarianas. Por isso a esquerda combate tenazmente as igrejas, a família e os valores morais e cristãos. Fiquem atentos.

Quanto mais tempo uma criança passa fora de casa, nas aulas de "educação do cidadão", mais estranhas elas serão para a própria família. Nas ditaduras ideais as crianças perfeitas são aquelas que delatam seus pais aos professores quando seus pais criticam o governo na hora do almoço, em casa. Vejam Amarcord, de Fellini, para entender de que trato. 

O leitor pode achar que estou apelando e batendo pesado.Mas é isso mesmo. No Brasil, país tropical, as coisas parecem funcionar um pouco diferente, mas não é diferente não. Aqui, a esquerda vai estimulando o politicamente correto e, por meio de pequenas repressões vai formando um todo em que não teremos mais qualquer direito.

Observem como o Estado vai, a cada dia, interferindo na nossa vida: o que devemos fazer ou não fazer, o que comer, o que beber, logo será o que ler, os filmes adequados, os pensamentos certos, as palavras certas e as palavras erradas.

Os totalitários usam vários caminhos e atalhos, para chegar ao mesmo fim, a nossa dominação. Lembrem-se, como se dizia antigamente: todos os caminhos levam a Roma .

A Coréia do Norte é um país de 24 milhões de habitantes, com grande fome na região interior, com inúmeros campos de concentração que hoje somam perto de 300 mil prisioneiros políticos.  As instituições internacionais de direitos humanos relatam experiências cruéis feitas nos campos coreanos com prisioneiros, que nada ficam a dever a algumas experiências nazistas.

Não se iluda se a Coréia do Norte parece ser uma realidade que nada tem a ver com a nossa. Lá a ditadura comunista chegou mais cedo. Não se iluda, leitor, não há liberdade em regimes comunistas. Eles querem ser o partido único e não aceitam críticas e dissidências. Observe o noticiário sobre os nossos vizinhos argentinos, venezuelanos, bolivianos, peruanos, e outros países da América Latina.

Aqueles que por aqui não lamentam as ditaduras são potenciais ditadores, ou seus agentes e simpatizantes. 

A histeria coletiva que vi pela imprensa na Coréia do Norte me fez pensar nisso tudo. Pessoas amestradas, doutrinadas, objetos de lavagem cerebral, condicionadas como animais de circo para o espetáculo. O comportamento mimético de que trata René Girard é exatamente o que vimos. Uma horda copiando uns aos outros o que fazer, o comportamento esperado pelas autoridades. Você não chora pela morte do maior jogador de golfe de todos os tempos, o inventor do hamburger? Você deve ser um doente, vai para um campo de prisioneiros para ser reeducado. 

Assim, todos choram, cada um de modo mais histriônico. Afinal, você gostaria de passar uns meses ou o resto de sua vida em um campo de concentração na fria Coréia do Norte? Eu não, com certeza.

O IMPRESSIONANTE ESPETÁCULO DE HISTERIA COLETIVA DA CORÉIA DO NORTE




Fotos de Bild, El Pais, AP, AFP, Reuters e Agência da Coréia do Norte

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