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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

PRIMAVERA ÁRABE SÓ TROUXE O CAOS PARA A POPULAÇÃO, PROMETENDO NOVAS DITADURAS. O próximo anos poderá ser muito difícil para os sírios.

GOVERNO SÍRIO USA MILITARES CONTRA POPULAÇÃO CIVIL.

Quando centenas ou milhares de pessoas vão às ruas, apesar de uma ditadura, isso significa que a população espera alguma coisa dos governantes. Tudo começou pela Tunísia, onde a situação econômica complicada levou aos protestos cotra o governo. A repressão foi dura, estimulando novos protestos.

Mas nunca se sabe quais os motivos que agrupam tantas pessoas ao mesmo tempo em uma praça gigantesca. Há os que pensam em uma democracia aos moldes ocidentais, há os tradicionalistas religiosos, há os que querem, apenas, melhorias na vida econômica ou religiosa. Rebeliões são sempre uma incógnita.

O governo da Tunísia caiu. Em seguida as agitações perturbaram outros países árabes, no Oriente Médio e no Norte da África. Tudo isso foi chamado, por comentaristas e observadores ocidentais, de A Primavera Árabe, como se fosse uma repetição da onda de libertação dos países europeus dominados pelos regimes comunistas, no tempo da Primavera de Praga. 

A onda de protestos árabes também foi chamada de Revolução do Facebook, ou Revolução do Twitter, porque os populares teriam marcado encontros e comentado a situação por meio do uso de recursos como aquelas redes e usando a telefonia celular. De fato, isso aconteceu.Mas nada acontece por conta da existência da tecnologia, em si. Acontece por causa de insatisfações existentes. Caso contrário, nunca teriam havido revoltas na História antes da eletricidade.

O ano de 2011 foi marcado, então, por grandes revoltas no Egito e na Líbia, e ainda na Síria, entre outros países onde os governos conseguiram controlar a situação. No Egito, a Praça Tahir ficou famosa como o ponto de encontro entre os revoltosos e pelos choques com as forças de segurança. Mubarack faz parte do passado, mas nem por isso a situação é tranquila no país.

Grupos islâmicos, apoiados por movimentos islâmicos radicais, venceram as eleições e agora o país pode estar numa encruzilhada dramática, mais fechamento, por meio da imposição de um governo de caráter religioso, como no Irã, ou o caos.

Além disso, a subida de religiosos islâmicos ao poder poderá colocar em risco a segurança de milhares de cristãos que moram no Egito e que, no tempo de Mubarack, não enfrentavam problemas. Já tem havido perseguição aos cristãos, sob a completa complascência e indiferença de lideranças cristãs dos países ocidentais.

A Líbia foi outro país que, mesmo sob um cruel ditadura conduzida por Muamar Kadafi, entrou em uma fase, após meses de luta, uma verdadeira guerra civil, com um dos lados apoiados pelas forças da Otan, que se desmoronou, correndo o risco de subdividir-se em tribos, como em seu começo.  

Muamar Kadafi alertou que, no nordeste da Líbia existia a ação da A Qaida, no que não foi muito levado a sério. Todavia, o número de armas e veículos (camionetes Toyota) armados com metralhadoras anti-aéreas nas mãos dos rebeldes sugerem que o ex-ditador estava certo. Abandonado por governos árabes e não muito bem relacionado no Ocidente, devido aos seus antecedentes de promotor do terrorismo, Kadafi foi abandonado. À Pax de Kadafi será imporá uma nova paz, mas não sabe, ainda, de onde virão as ordens. resta saber se o povo líbio ganhou alguma coisa com isso.

A terceira revolta, que aparece e desaparece do noticiário internacional, é a da Síria, controlada pelo partido Baath, de origem nacional socialista (inspirada no nacional socialismo alemão - nazismo), e dominada pela família al-Assad. Segundo entidades de direitos humanos e informações fragmentadas que vazam do país com dificuldade, devido a censura aos jornalistas estrangeiros, já morreram perto de cinco mil pessoas, das quais umas mil das forças de seguranças e agentes governamentais.

No norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia, começou uma rebelião civil que foi, durante alguns meses, duramente reprimida pelas forças de segurança. O movimento se espalhou e isso provocou quase uma guerra civil, pois boa parte da população, apesar de tudo, apóia o regime, devido à estabilidade social.

Na Síria também existem cristãos e o fato do regime não ser natureza religiosa permite que haja um certo convívio; Caso religiosos islâmicos alinhados ao Irã subam ao poder, por golpe ou pelo voto, há o receio da perseguição religiosa e de retrocesso em relação a alguns direitos das mulheres.

Nos últimos meses a repressão aumentou, à medida que a ONU ameaçou punir a Síria e a Liga Árabe também fez ameaças de isolar o país. O ditador Bashar al-Assad, pressionado, chegou a dar entrevista a veículos internacionais dizendo que não era dono do país e que não mandava nas tropas! Que sujeito estranho, o maior repressor do país é o seu irmão, militar, que comanda, exatamente, tropas de elite de segurança.  

Enquanto não chegam os observadores internacionais para saber o que está acontecendo na Síria, as tropas (inclusive tanques de guerra!) atacam a cidade de Homs, sob cerco há várias semanas. Há uma guerra civil estabelecida em regiões do país. O próximo ano poderá trazer mais dor e sangue aos sírios. 

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