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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

BBB 12: OS 25 MINUTOS MAIS LONGOS DA VIDA DE MONIQUE AMIN E DANIEL ECHANIZ. O caso repercute no exterior, onde se fala de estupro e suposto estupro. Creio que Daniel, caso Monique não o incrimine, e nem a policia o acuse por abuso de pessoa incapaz de se defender, será o grande prejudicado. Por que a Globo não adota um plástico transparente no lugar do edredon?


Algumas coisas devem ser ditas sobre o BBB. Quando alguém coloca uma dúzia de pessoas em uma casa, com câmaras por todo canto, para gerar situações que provoquem audiência, o céu é o limite. Vi dois ou três programas até hoje, e reality show não me interessa. 

Prefiro cinema. Ao menos os filmes podem contar com bons atores e diretores, além de boa fotografia.

No Brasil, especialmente, pátria do deboche, ninguém esperaria das conversas animadas a álcool mais que psicologismo barato, filosofia de botequim e cenas picantes. 

Brasileiro quer ver lance de mulher pelada, bundas e, como digo aos meus alunos, e eles riem, por ser verdade: "quem come quem".

E assim, com uma variação ou outra, pelo que leio e ouço, têm sido as edições do BBB. Creio que há um problema sério embutido na decisão da rede Globo de expulsar o modelo Daniel Echaniz. Se o que ele fez estava dentro modelito de outros programas, fica a questão: por que nunca expulsaram alguém antes?

Se ele abusou, como avaliar isso? Pelo que vi no vídeo, a Globo deixou rolar a cena sob o edredon por 25 minutos! Até que as mulheres começassem a ligar indignadas por acharam que Monique estaria sendo estuprada. Como alguém vai saber de que modo a Monique se comporta quando faz sexo? Ou ela nunca havia enfrentado essa situação antes? Após a repercussão a emissora resolveu expulsar o rapaz.

Acho que os diretores do programa ou da emissora sujeitaram-se à pressão pública, ao politicamente correto. Ao tomarem a decisão sob vaga alegação de que o modelo não teve comportamento adequado, a partir de que momento deixou de ser adequado? Como eles poderiam ter aferido isto? Há um aparelho para checar adequação?
Enquanto não houve queixas tudo estava adequado. Essa eu acho a injustiça com Daniel.

Se os diretores do programa, acompanhando o desenrolar da cena, pelas câmaras, achassem que eles exageravam na cama sob os edredons poderiam ter cortado a transmissão, mudado para outra cena, chamado Daniel, ou ambos, e conversado sobre o suposto excesso.

Expulsar Daniel do programa naquele momento, sob a pressão popular, para mim, equivale a uma condenação. Sem provas. Não acho isso correto, de forma alguma.

Do meu ponto de vista, caso ninguém telefonasse e não tivesse havido a visita da policia, o programa continuaria a rolar normalmente. Houve estupro ou abuso de incapaz? Sejam sinceros! O que alguém viu, objetivamente, naquela imagem escura e debaixo do edredon?

Monique diz que não se lembra, e depois diz que tudo foi consentido. Está querendo salvar a pele de Daniel? Isso é com ela. O fato é que ninguém, nem no Projac e nem Brasil inteiro, viu nada mais que movimentos do edredon. Essa é a realidade.

Daniel diz que não a estuprou.

Fica a questão: se a suposta vitima diz que não houve estupro. Se o suposto estuprador diz que não a estuprou. Onde está o crime? Bem, isso agora é a policia que terá que provar, pelo que entendi das intenções do delegado e da fala da promotora pública que diz que estupro de incapaz é crime incondicionado.


O delegado mandou recolher cueca, calcinha, lençóis. Mesmo que existam manchas, o que até seria normal, dada a “quentura” da cena, isso prova que houve estupro ou abuso de incapaz? 

A estudante Monique, compareceu à delegacia acompanhada de vários advogados, e disse que não houve nada que não tenha sido consentido.

E, importante, não quis fazer exame de corpo de delito,  isto é, seu corpo não foi examinado por um médico da policia.

Assim fica o seguinte: Daniel ainda pode acabar preso caso a policia ache que ele abusou de Monique e remeta o inquérito à promotora.

Se tudo foi consentido, será uma tremenda injustiça para com o rapaz. Se não foi, então que seja castigado pelo crime. 

Mas a policia está com uma batata quente nas mãos. Se não conseguir provar que houve estupro ou abuso, Daniel sairá dessa bastante chamuscado.

Sempre restará a dúvida: qual teria sido o comportamento inadequado alegado pela emissora? Se ele sair inocentado, que mova uma ação por danos morais contra a Globo, acho que ela mereceria algo assim.  

Não sei se vocês concordam, mas a emissora, ao fornecer bebidas alcoólicas aos participantes e visar audiência, favorece certos comportamentos (não estou falando de crimes) entre adultos, claro, mas que acabam chegando a milhões de residências.

Após a expulsão de Daniel a audiência do BBB só aumentou. Isso foi bom para todos? Os patrocinadores também poderiam sinalizar alguma coisa para a emissora, e esta encarar o fato de que está na hora trocar de edredon.

Por que não adotam um plástico transparente? Não ficaria melhor assim? Ao menos aqueles que acusam poderão ter certeza a respeito do que viram, não é mesmo? 

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