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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

“INNOCENCE OF MUSLIMS”. COMO UM FILME TRASH ESTÁ INCENDIANDO O MUNDO. Protestos contra o filme, no mundo islâmico, fazem pensar sobre quem é, realmente, intolerante.

CENA DE "SUBMISSION"

As reações histéricas ao filme “A Inocência dos  Islâmicos” (Innocence of Muslims) me levam à conclusão de que o mundo está enlouquecndo. Milhões de pessoas vão às ruas para protestar contra o filme, contra os americanos, contra os infiéis e  contra o Ocidente. 

Acredito piamente que aquelas multidões no Egito, Paquistão, Líbia, Tunísia, Sri Lanka e outros países islâmicos, em sua absoluta maioria, nem viram o filme.

São multidões manipuladas de dentro das mesquitas, dos bastidores políticos e por gente ligada aos movimentos radicais islâmicos. Não foi gratuitamente que os protestos começaram, exatamente, no dia 11 de setembro. E, no dia seguinte, um atentado terrorista matou o embaixador americano na Libia.

O ministro das Ferrovias do Paquistão, Ghulam Ahmed Bilour, certamente guiado por instruções do Profeta Maomé, está oferecendo um prêmio de cem mil dólares para quem matar o diretor do filme.

Evidentemente o governo do Paquistão disse que o ato do ministro era um ato particular dele, que continua ministro. Imaginem, por aqui, um ministro do governo fazer uma oferta pública de cem mil dólares a quem matasse o autor da melhor reportagem sobre o Mensalão.   O ministro paquistanês invocou até o auxílio, para a execução da tarefa, dos talibãs e da própria Al Qaeda.

Mas essa indignação toda por conta de um filme amador vagabundo? 

O filme “A Inocência dos Islâmicos” (Innocence of Muslims) é um lixo. Puro “trash”. Quando não queremos ver um filme ruim não vamos ao cinema. Não ligamos a televisão, mudamos de canal, ou não acessamos o YouTube. 

Claro,  podemos ficar indignados se o filme critica a sagrada visão que temos de nossa fé, ou de nossa ideologia, ou outra verdade qualquer. Podemos fazer um movimento pelo boicote. Podemos escrever artigos em jornal. Se for o caso, podemos, até, promover uma passeata.

Mas o que acontece naqueles países? Multidões vão às ruas e protestam contra o filme (que certamente não viram), contra outras religiões, contra governos, contra a civilização ocidental. Promovem invasões de embaixadas, fazem badernas nas ruas e praças, enfrentam a polícia,  destroem propriedades. Morrem às pencas.

Eles não gostam de críticas, e, em suma, os intolerantes somos nós?

Quantos filmes e peças de teatro já foram feitos nos paises ocidentais criticando os cristãos, o catolicismo, a própria Igreja, Jesus e Maria? Essa histeria toda indica, apenas, que quem não suporta criticas e é intolerante é o mundo islâmico. Na verdade, sem partir para o nível de violência que vemos naqueles paises, acho, até, que os cristãos são moles demais quanto às criticas ou ofensas que recebem. 

PRÊMIO PELA MORTE

Matar um critico ou um desafeto não é novidade nesse contexto. O escritor anglo-indiano Salman Rushdie teve a cabeça colocada a prêmio, em 1989, quando publicou o livro “Versos Satânicos”, que nem era, essencialmente, um livro anti-islâmico.

O próprio líder religioso do Irã, o aiatolá Khomeini ofereceu um gigantesco prêmio pela morte do escritor. Rushdie teve que viver anos escondido e protegido pela Scotland Yard.

No início de novembro de 2004 o diretor de cinema holandês Theo Van Gogh foi assassinado em uma ciclovia de Amsterdã a facadas e tiros por conta de seu filme “Submission”. No filme ele criticava a submissão das mulheres aos homens no mundo islâmico.

O curioso, nestes tempos politicamente corretos e de relativismo cultural, é que muitos intelectuais e mesmo mulheres ativistas feministas ocidentais calaram-se diante de coisa tão brutal e primitiva como matar alguém por uma critica. 

Fica o sabor de que a conquista ocidental pelas liberdades de expressão e de imprensa não valeram nada. Ou já não empolgam ninguém.

Em 2005 o chargista dinamarquês Kurt Westergaard também foi bastante perseguido por conta de algumas charges que publicou para uma série de matérias sobre o islamismo no jornal Jyllands-Poster. Algum tempo depois, quando a policia descobriu um complô para matar Westergaard o governo dinamarquês, não se acovardando, deu um aviso geral de que no pais havia liberdade de expressão.

Milhões de islâmicos mudaram-se para paises do Ocidente nas três últimas décadas. Evidentemente por razões econômicas, na maior parte das vezes. O Ocidente oferece mais oportunidades. Até aí,tudo bem. Mas os imigrantes começam, apoiados por políticas multiculturalistas, a não querer a integração ao novo mundo.

Vivem em paises onde há  liberdade de expressão, mas se ofendem com criticas à sua própria religião, ou aos seus costumes. A liberdade de fazer criticas é uma das molas mestras do sistema ocidental. Dezenas de filmes e centenas de livros, além de espetáculos de teatro fazem a crítica, a sátira aos costumes dos mais diversos grupos, religiões e ideologias.

Se alguém ultrapassa um limite legal, que seja processado.

Mas os islâmicos em seu próprio mundo não conhecem esse tipo de liberdade, e se ofendem com a liberdade dos outros. Além disso, quando no país dos outros, querem impor sua própria agenda. Isso não é aceitável.

O comportamento intolerante com criticas, filmes, charges não pode ser desculpa para acusar a intolerância alheia. De fato, o pensamento politicamente correto começa a dizer que se alguém critica um comportamento e algum país islâmico então é islamofóbico, como se fazer uma critica, um comentário, fosse sinal de uma doença.

Intolerância é achar que se está acima da critica. Isso é um pensamento e um comportamento tipicamente de autoritários e totalitários.

Por tal razão que, no Ocidente, como no caso do Brasil, alguns partidos de esquerda, que vivem em um estado democrático, mas vêem na democracia apenas um degrau para aventuras revolucionárias, gostam das liberdades que têm para acusar os outros, mas não toleram a critica alheia, como se fosse um crime ou um pecado. 

Só não impõem censura à imprensa porque não podem.

Totalitários são todos iguais, no campo da ideologia política, ou no religioso.   

  

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