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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Projeto Traíra. Como usar a democracia para criar uma ditadura. Ou, trocando dentaduras e botinas por cestas e bolsas de esmolas. E estas por votos.

MEU AVÔ MORREU POBRE. GETÚLIO DEU
UM TIRO NA PRÓPRIA CABEÇA.
QUAL POLÍTICO ATUAL TERIA TANTA
VERGONHA NA CARA? 
Meu avô paterno, que foi um grande rábula (advogado sem diploma) e um homem de vasta cultura geral, detestava o ditador Getúlio Vargas. 

Vargas, tão idolatrado ainda hoje, um dos modelos de Lula (talvez Lula pense ter sido o maior de todos os presidentes do Brasil), criou uma rede implacável de apoiadores que perseguiam duramente seus críticos.

Essa é uma tradição no Brasil.

Mas meu avô e Vargas eram homens da antiga. Meu avô, apesar de muitíssimo respeitado, enfrentou grandes dificuldades para criar seus nove filhos, por conta da perseguição política.

Morreu pobre, sendo ajudado pelos filhos que conseguiu formar. 

Vargas, embora ditador e depois presidente eleito, ainda conservava um resquício de vergonha na cara. 

Quando acuado pelos fatos e pela corrupção que o cercava preferiu a morte. Deu um tiro na própria cabeça. Isso seria impensável entre os nossos líderes políticos de hoje em dia. Uns grandes covardes aproveitadores.

Os velhos coronéis (estão assistindo Gabriela?) eram duros com seus adversários. E corrompiam os eleitores, oferecendo presentes em troca de votos: pares de botina, dentaduras, tesouras, água. Até água virou motivo de troca, especialmente no árido sertão nordestino. 

Ainda hoje, no Brasil do Século XXI, a água é motivo para encabrestar eleitores, assim como os milhões de cestas e bolsas distribuídas naquela região. Dois modos de corromper a vontade das pessoas. Estilos diferentes de duas épocas, mas a sempre velha e funcional corrupção.

Se um homem passa fome, muitas vezes sujeita-se ao senhores da terra, em troca de umas latas de água. Se um homem vê sua família sem alimento, deixa de lado o orgulho e mergulha nas cestas e bolsas oficiais de ajuda, oferecendo em troca seus votos e a sua dignidade.

UM NOVO VELHO CORONEL?
(Foto  ANDRÉ DUSEK/AE)
Os novos coronéis da política em nada diferem, em essência, dos antigos coronéis do sertão. Apenas nos métodos, hoje mais refinados e perversos. 

Os novos coronéis são muito mais poderosos, dispõem de muitos advogados, meios de comunicação, e milhões, muitos milhões para gastar, para implantar o seu projeto de Poder.

Lula sempre criticou as famílias poderosas do Nordeste, aquelas que sempre dominaram milhões de pessoas, estados inteiros, mas Lula e o PT são aliados dos partidos controlados pelas mesmas e velhas famílias de sempre. 

Grande parte dos atacados por Lula no passado são seus aliados agora. Basta recordar a aliança entre PT e PP em São Paulo: Maluf e Lula na mesma barca!: a nau dos insensatos.

Como disse um dos ministros do STF, o que aconteceu, no caso do Mensalão, foi a tentativa de, por meio da corrupção, compra de apoio, implementar um golpe contra o Brasil. Como a Constituição é uma barreira para aventuras golpistas, o apoio levaria, um algum ponto, no futuro, a uma situação em que seria possível tentar constituíntes ou plebiscitos, como o fez Hugo Chávez na Venezuela, e pretende fazer Cristina Kirchner na Argentina. 

Usar a democracia para solapar a democracia e implantar um outro tipo de governo. São todos governos sócios do Foro de São Paulo. 

A Venezuela é nossa vizinha. Só não vê o desastre quem não quer. 

Imagem de Lula:

  

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