SEGUNDO TURNO: PAULISTANOS NÃO MERECEM BOTINAS, DENTADURAS E ESMOLAS PÚBLICAS. PRECISAM DE UM GOVERNO HONESTO, SEM CORRUPÇÃO. Esta é a hora e a vez da Ética na política.

OS PAULISTANOS NÃO QUEREM
BOTINAS, 

O espernear dos petistas condenados como corruptos pelo STF no processo que julga o Mensalão está deixando claro o quanto vencer a eleição em São Paulo é vital para o projeto político do PT.  

Não se trata, apenas, de vencer uma eleição para governar bem uma cidade. As falas de lideranças petistas mostra bem que São Paulo é um novo caminho, um degrau para se tentar, outra vez, o domínio absoluto da política nacional.

A fala dos lideres petistas é alarmante, e um sinal para quem sabe ler por entre as brumas e a neblina do futuro. São Paulo é a locomotiva do Brasil, dominar São Paulo é ter outra máquina de tamanho gigantesco para se aventurar a controlar o País de fato. 

E a escada começa no degrau da prefeitura e termina no andar de cima, no Governo do Estado. São Paulo tem 42 milhões de habitantes, como uma Argentina.

Nunca me iludi com o PT ou partidos de esquerda de origem marxista, em geral. Está no DNA a imposição de sua visão única de mundo. Os fatos não nos desmentem se analisamos as falas (ou os textos) de Dirceu, Genoíno, Falcão e outros chefes, chefinhos e chefetes. 

Uma diferença entre PT e PSDB. ao meu ver, é que o PSDB aceitou o jogo da democracia representativa, como falam os comunistas. Seguiu o caminhos dos partidos de esquerda europeus, que não querem mais tomar o Poder de modo absoluto. Se vencem, governam, se perdem, entregam os poder. Não usam métodos tortos para ir deformando a democracia até chegar ao fim almejado.   

A condenação de corruptos do partido – entre outros corruptos de outros partidos – desencadeou uma guerra contra a Imprensa e a Justiça. 

Que curioso, em paises democráticos, em que políticos fossem condenados por corrupção, a Opinião Pública estaria agradecida, e os próprios partidos tratariam de expulsar os corruptos. Aqui não. Como o partido não aceita ser julgado, ou que julguem membros envolvidos em crimes, sempre se coloca a tese da perseguição. Sempre o vitimismo.

O PT é curioso. Quando acusa adversários está sempre certo (imaginam seus líderes); quando seus membros se envolvem em falcatruas, é intriga da oposição, perseguição da mídia ou da Justiça. 

Reduziram a complexidade política a um joguinho entre “nós” e “eles”. O “nós” está sempre certo. Eles têm as certezas finais e absolutas. Assim Hugo Chávez está conduzindo a Venezuela a um buraco imenso, e com a ajuda do governo brasileiro.   

VELHOS CRÁPULAS, NOVOS ALIADOS

Ocorre que o mundo dá voltas, e a dupla moral se esquece de que há memória no público. O detestado Fernando Collor hoje é aliado! O mais detestado ainda Sarney hoje é aliado. O rei dos detestados, no caso de São Paulo, o deputado Paulo Maluf, é aliado recente e bastante ativo e orgulhoso. 

Paulo Maluf foi visitado com toda pompa e circunstância por Lula, Fernando Haddad e lideres petistas, em sua casa no Jardim América, em busca de apoio a Haddad. E, claro,  como maiores interessados no belo futuro de São Paulo trocaram afagos e tapinhas nas costas.

Paulo Maluf foi o mesmo denunciado por corrupção pelo atual ministro da Justiça Cardozo (então também deputado) num processo em que agora a imprensa informa que Maluf foi intimado a devolver 21 milhões de reais desviados da Prefeitura de São Paulo. O pior é que Maluf recebeu a informação no mesmo dia em que o STF condenou José Dirceu, Genoíno e Delúbio Soares por corrupção.

Então, de tudo isto se deduz uma coisa: vale qualquer coisa para se chegar ao poder? 

Até alianças com aqueles que ontem eram os maiores demônios da pior forma de fazer política?

Afinal, eles pensam que os eleitores de São Paulo são idiotas? Todo mundo quer ver a cidade melhor. Mas melhorar transportes, saneamento, educação ou saúde não pode custar a própria dignidade. Dignidade, verdade e moralidade não podem ter um preço.       

Acrescento um trecho de um texto de hoje de Reinaldo Azevedo, que acho que se encaixa aqui: “Como se vê, vale tudo e qualquer coisa para derrotar Serra em São Paulo. Estamos diante de um caso escancarado de uso da máquina oficial em favor de um candidato. Ou vejamos.

"Acordos e coligações políticas, como lembrou ontem o ministro Ayres Britto, fazem parte do processo político. Lotear a administração para tentar obter um determinado resultado nas urnas é coisa de república bananeira. Dilma Rousseff, como se vê, não nega sua origem e sua natureza.

"A presidente já entregou o Ministério da Cultura a Marta Suplicy em troca de sua entrada na campanha em favor de Haddad. Agora garante que Chalita, essa alma bondosa, que só pensa no nosso bem, terá um assento na Esplanda em troca da adesão".

NEM DENTADURAS.
QUEREM UM GOVERNO ÉTICO,
E QUE ACREDITE NA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA.