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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

MUAMAR KADADFI , O ESCRAVIZADOR DE MULHERES. Disfarçado como libertador das libias, Kadafi mantinha um harém e usava jovens raptadas como escravas sexuais. As estuprava seguidamente e forçava a fumar, usar bebidas alçóolicas e cocaína. O Harém de Kadafi, livro-reportagem da jornalista francesa Annick Cojean.




AMAZONAS DE KADAFI. NEM TODAS SERIAM MILITARES
Quem foi o coronel Muamar Kadafi? Quem disser que foi um grande ditador da Líbia,  incentivador do terrorismo em décadas passadas, ou um sujeito que sonhava liderar todo o continente africano acertou em parte. Mas o perfil somente estará correto se for incluído que ele foi um verdadeiro tarado, um grande mentiroso, e um homem muito, muito perverso, especialmente com as mulheres.

Um ditador nunca poderá ser um homem bom. Ditadores costumam mandar matar pessoas, prendê-las, torturá-las, apenas por pensarem diferente. Nem é necessário que tenham feito forte oposição.

FALSO SEDUTOR
Ditadores governam por meio do espalhamento do medo e de seduções. Espalham esmolas e bondades e, ao mesmo tempo, a sombra da dúvida, da incerteza, do terror. Assim era o coronel Muamar Kadafi, que tomou o poder na Líbia em 1969.

Até hoje, após a sua morte, tem legiões de admiradores, como um grande representante árabe. Durante décadas, devido ao discurso pseudo-revolucionáro hipnotizou os esquerdistas (esquerdistas vivem em pré-transe) foi motivo de admiração pela esquerda mundial, pois desancava os Estados Unidos a e Civilização Ocidental, assim como o seu imitador vagabundo, outro coronel, o venezuelano Hugo Chávez. 

Vendeu-se ao imaginário mundial como um libertador das mulheres, um verdadeiro feminista.

Após anos de afastamento, aproximou-se dos EstadosUnidos, mas foi morto, por ironia do destino, após os ataques à Líbia pelas forças aliadas da Otan, por ordem do presidente americano Hussein Obama. Antes de morrer foi torturado e sodomizado por soldados da força rebelde.

MANÍACO SEXUAL

Kadafi morreu vitima da prática que costumava manter com escravas sexuais e homens. Muamar Kadafi era um tarado, um maníaco sexual que usava do sexo para obter prazer mas, muito mais que isso, humilhar as mulheres e poder dominar as pessoas.

Muitas de suas vitimas foram filmadas no ato sexual e as imagens eram usadas como base para obter um comportamento passivo e obediente. E ele. além das centenas ou milhares de mulheres que escravizou, também chantageou soldados, comandantes militares, e diplomatas. 

É parte dessa faceta pouco conhecida que é revelada pelo livro o “Harém de Kadafi”, lançado recentemente no Brasil pela Verus Editora, de autoria da jornalista francesa Annick Cojean. A jornalista fez um intensa busca por informações a respeito do que ela chama de chaga da Líbia, isto é, de algo que os líbios, de modo geral, admiradores ou não de Kadafi, evitam tratar.

É algo que revela um país machista e tradicionalista, que foi enganado por Kadafi quando dizia valorizar as mulheres, e em que a ideologia da igualdade entre homens e mulheres nunca foi bem aceita, apesar da suposta revolução de Kadafi codificada em seu Livro Verde. Um país tão tradicionalistas e machista que as milhares de vítimas de Kadafi, suas  escravas sexuais, mesmo sendo vítimas absolutas de sua perversão e maldade, posto que foram quase sempre raptadas, ainda são consideradas culpadas por terem sido tratadas como as putas de Kadafi.

ASSUSTADOR

No seu desprezo pelas mulheres, o coronel Kadafi, ao mesmo tempo em que propagava a imagem de protetor de todas as mulheres da Líbia, agia, de fato, como seu dono e senhor. As raptava, estuprava, mergulhava no vicio do álcool, tabaco e cocaína. Kadafi era um verdadeiro monstro.

E muitas delas, que não eram militares de formação, também viajavam pelo mundo com ele, uniformizadas, para manter a aura de valorização da mulher. Eram chamadas as Amazonas de Kadafi.  

COJEAN
É disso que trata o livro de Cojean, escrito de forma direta, sem linguagem rebuscada. Descrições pesadas, mas necessárias. Kadafi, ao seu modo, não foi muito diferente de outro ídolo da esquerda, Mao Tse Tung, outro conhecido tarado e perverso, chinês.

A jornalista, logo após a morte de Kadafi, no primeiro semestre de 2011, percorreu a Líbia à busca das vitimas da tara sexual de Kadafi. O livro está centrado em uma personagem, Soraya, com um nome trocado, evidentemente, uma vez que está ameaçada de morte pelos próprios irmãos.

As mulheres vítimas de Kadafi vivem um inferno na Terra, pois não podem repartir sua história para obter reparação. Na Líbia, onde sexo fora do casamento ainda é crime, elas são culpadas, apesar de tudo. Como poderiam resistir ao poder de um louco dotado de poder de vida e morte sobre todos os cidadãos?  


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