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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ROSEGATE, PORTO SEGUROGATE, CACHOEIRAGATE, MENSALÃOGATE. Não faltam escândalos homéricos nestes tempos estrelados, e nem os candidatos a Gargantas Profundas. No Brasil está faltando é imprensa com vontade de investigar a roubalheira e sobrando políticos que não têm vergonha de blindar corruptos e esconder o lixo debaixo do tapete.


PAULO VIEIRA, NOVO GARGANTA PROFUNDA.
QUEM OPERA DAS SOMBRAS?

A coisa é feia, basta observar que há uma rede de blogs e sites de supostos jornalistas que se sustentam com dinheiro de anúncios de empresas estatais e ministérios, e que, pasmem, estes supostos jornalistas criticam a imprensa e colegas repórteres quando fazem o que tem que ser feito, como em qualquer democracia do mundo.

A corrupção chegou a tal ponto no Brasil que a bancada do crime conta com um sistema de comunicação próprio, que mimetiza a imprensa de verdade. e critica o trabalho jornalístico, o que acaba confundindo o público.

E as próprias redações estão infestadas de jornalistas que mal disfarçam a atração fatal que sentem pelos corruptos. Basta que os corruptos justifiquem a corrupção dizendo que tudo é em nome do social. E muitas escolas de Jornalismo ensinam esse jornalismo ao contrário, em que o bom é ruim e o corrupto é herói.

Desse modo, os jovens saem achando que a grande imprensa, aquela que opera conforme as regras do jogo democrático é que é errada, e os traidores do jornalismo e os ladrões de dinheiro público é que são os heróis, pois para essa garotada, conforme o que aprendem, os fins justificam os meios.

CORRUPÇÃO TRADICIONAL

Quando uma pessoa entra em um esquema de corrupção olha de lado e imagina, todo mundo faz, por que não eu? É só uma graninha extra, um por fora, afinal, aqui neztepais (como diz o Lula) ninguém é punido  mesmo, só pobres, pretos e putas, como se costuma dizer. É só um malfeitinho... Essa é a lenda, ou parte dos costumes e tradições nacionais.

Mas e quando alguma coisa parece estar mudando na cultura política e figuras carimbadas são postas sob os holofotes? Quando alguém é pego com a boca na botija? Se for do grupinho amigo, daí começa uma  choradeira danada.

Perseguição!, imprensa golpista!, conspiração!.

Não! Apenas a revelação de alguns malfeitos de grandeza elevada, estratosférica, que escapam às ninharias do cotidiano, e que revelam o imenso mundo subterrâneo, ou paralelo?, em que alguns se locupletam e enchem as burras com o dinheiro do contribuinte.

E é sempre o dinheiro do contribuinte, pois quando empresas privadas entram nesses esquemas, com seus milhões de dólares em interesses escusos e distribuem propinas, comissões, operações plásticas, mimos de luxo, viagens de navio, de avião, e em lombo de camelo, não estão dando dinheiro deles não. Todo esse dinheiro voltará na forma de serviços prestados ao Estado.

HERÓIS E VILÕES

A cada vez que a bancada governista protege alguém e impede que seja ouvido no Congresso, em uma CPI ou audiência, está colaborando com a corrupção. Creio que as pessoas começam a perceber que em Brasília está instalado um filtro, altamente seletivo, que impede que os que possam comprometer certos esquemas venham a ser ou investigados ou ouvidos. E isso envolve a maioria dos partidos.

A CPI do Cachoeira indicou, mas a base aliada tratou de sabotar tudo!, que diversos governos estaduais e de grandes cidades estariam envolvidos com a empresa Delta, que acabou saindo do foco principal. Ficou parecendo que Cachoeira é que era o líder de um grande esquema de crimes e corrupção, quando parece ser, apenas, parte de uma imensa engrenagem.   

Foi essa sensação de ser acusado de chefe, creio,que o incomodou. Carlos Cachoeira avisou: “Sou o Garganta Profunda do PT”, anunciou ele aos quatro cantos,  pronto a desovar muito mais do que já disse, porque menos lhe foi perguntado, certamente.

Carlos Cachoeira é o Garganta Profunda número 1.

Outro Garganta Profunda que anuncia a sua disposição é Marcos Valério, o publicitário condenado a 40 anos de cadeia pelo STF, por participar do esquema do Mensalão, cujo chefe da quadrilha, segundo o STF, José Dirceu (PT), pegou 10 anos de cadeia! O chefe pegou uma pena quatro vezes menor que um subordinado!

Isso não deve estar parecendo muito certo a Marcos Valério, que já acrescentou informações à Procuradoria Geral da República-PGR e acabou envolvendo o ex-presidente Lula nas suas acusações.

Pronto, o mundo veio abaixo! Lula não pode ser envolvido em nada. Rui Falcão, o presidente do PT disse que Valério não pode falar nada, por ser um desqualificado condenado. Argh! E José Dirceu pode falar tudo, sendo um corrupto condenado e chefe de quadrilha.

Que alguém do PT, chefe do Dirceu diga isso, tudo bem, mas que a imprensa fique dando trela a asneiras é que é o problema.  Essa repercussão constante de asneiras em grandes jornais é que indica o quanto a grande imprensa está infiltrada pela tropa de choque petralha e amigos dos corruptos condenados e afins.

Marcos Valério é o Garganta Profunda número 2. 

Rosemary Nóvoa de Noronha, a envolvida na quadrilha de operações fraudulentas, indiciada pela Polícia Federal, amiga de Lula e Dirceu, e que operava, segundo a PF, da sala da Chefia de Gabinete da Presidência da República em São Paulo, também está sendo blindada, pois, dizem, é muito emotiva e explosiva. 

Ela foi revelada após a divulgação pela PF da Operação Porto Seguro, que investiga negócios cabeludíssimos no Porto de Santos, SP, e outras questões que envolvem laudos falsos e fraudes.

Um temperamento assim, conforme a pressão, tem tudo para transformar uma aparente simples secretária em uma Garganta Profunda. Pela proximidade com os altos escalões do governo petistas. Rui Falcão, o desqualificador-mor da República já disse que ela teria menor importância. Alguns disserem: mequetrefe! Qual a razão de tanta blindagem para alguém tão mequetrefe? Amiga pessoal de Dirceu, segundo se lê em jornais e namorada, ou ex-namorada de... Lula!!!

Rosemary Nóvoa de Noronha é a Garganta Profunda número 3.       

Lemos, hoje, em matéria do Estadão que Paulo Rodrigues Vieira, apontado pela PF como chefe da máfia dos pareceres, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), quer agora negociar uma delação premiada com o Ministério Público.

Vieira ameaça contar tudo o que sabe do esquema e envolver outros personagens (ainda inéditos) no escândalo revelado pela Operação Porto Seguro, que também derrubou a então chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha.

O ex-diretor da ANA tem dito a algumas pessoas que não sairá do caso como chefe de quadrilha e ameaça denunciar gente “mais graúda”. Fico até imaginando: quem será mais graúdo que um chefe de agência federal? Isso promete ficar a cada dia mais interessante!

Ele quer obter do Ministério Público um tratamento mais suave e empurrar para outros a posição de comando do grupo, que praticava tráfico de influência nos bastidores do poder. Na prática, quer algum benefício legal no futuro, como a redução de pena, caso seja condenado.

Vieira trocou o advogado Pierpaolo Bottini pelo defensor Michel Darre, no intuito de apresentar uma estratégia mais agressiva de defesa. Bottini afirmou que deixou o caso por motivos pessoais. Darre, por sua vez, disse que ainda está estudando o processo.

“Há muita coisa a ser levantada e eu pedi a meu cliente para ter paciência”, comentou o advogado. “Entrei no processo para verificar qual a melhor medida a ser tomada.” (Informações do Estadão).

Paulo Vieira é o Garganta profunda de número 4

Fico pensando o tamanho do problema. Um Garganta Profunda se acalma, dois é mais difícil; três, com um certo jeito. Quatro? Essa é uma missão quase impossível. Tão impossível como imaginar que um dia a morte de Celso Daniel poderá ser, realmente, esclarecida.

Diz o Estadão que “Na Esplanada, ministros temem que a análise de computadores apreendidos no escritório da Presidência, em São Paulo, envolva novas repartições no escândalo. Depois do depoimento do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza à Procuradoria-Geral da República, apontando o dedo para Lula no mensalão, sem provas, petistas estão apreensivos com a escalada de denúncias.”

O CASO WATERGATE

Em 18 de Junho de 1972, o jornal Washington Post noticiava na primeira página o assalto do dia anterior à sede do Comitê Nacional Democrata, no Complexo Watergate, na capital dos Estados Unidos. Durante a campanha eleitoral, cinco pessoas foram detidas quando tentavam fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta no escritório do Partido Democrata.

Bob Woodward e Carl Bernstein, dois repórteres do Washington Post, começaram a investigar o então já chamado caso Watergate. Durante muitos meses, os dois repórteres estabeleceram as ligações entre a Casa Branca e o assalto ao edifício de Watergate. Eles foram informados por uma pessoa conhecida apenas por Garganta Profunda (Deep Throat) que revelou que o presidente sabia das operações ilegais.
Richard Nixon foi eleito presidente em 1968, sucedendo a Lyndon Johnson, tornando-se o terceiro presidente dos Estados Unidos a ter de lidar com a Guerra do Vietnã.

Nixon voltou a candidatar-se em 1972, tendo como opositor o senador democrata George McGovern, e obteve uma vitória esmagadora, ganhando em 48 dos 50 estados. McGovern venceu apenas em Massachusetts e em Washington. Foi durante essa campanha de 1972 que se verificou o incidente na sede do Comitê Nacional Democrático.

Durante a investigação oficial que se seguiu, foram apreendidas fitas gravadas que demonstravam que o presidente tinha conhecimento das operações ilegais contra a oposição. Em 9 de Agosto de 1974, quando várias provas já ligavam os atos de espionagem ao Partido Republicano, Nixon renunciou à presidência. Foi substituído pelo vice Gerald Ford, que assinou uma anistia, retirando-lhe as devidas responsabilidades legais perante qualquer infração que tivesse cometido.

Por muitos anos a identidade de "Garganta Profunda" foi desconhecida, até que a 31 de Maio de 2005 o ex-vice-presidente do FBI, W. Mark Felt, revelou que era o Garganta. Bob Woodward e Carl Bernstein confirmaram o fato.

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