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quinta-feira, 25 de julho de 2013

MARINA SILVA, A RAINHA DO PETISMO ENVERGONHADO. Aquela que sempre foi o que nunca deixou de ser: uma política que, no momento, finge não gostar de Política. “Pode ser comparada aos piores se considerarmos como ela manipula a opinião pública dizendo combater um sistema no qual tem se banqueteado há pelo menos três décadas” (Da blogueira Nariz Gelado). Ou, Nariz Gelado contra Nariz Comprido.






Marina Silva, dissimulação e petismo envergonhado

Não pode haver surpresa com o fato de que Marina Silva apareça, nas últimas pesquisas, como a grande beneficiária das manifestações nacionais que andaram pedindo o fim da política e dos políticos.

Sem cargo legislativo ou executivo desde 2009 – e sem partido até o início deste ano - a fundadora do PT, ex- vereadora, ex-deputada estadual, ex-senadora e ex-ministra do governo Lula vem alimentando, com sucesso, uma imagem de criatura pura, jamais maculada pelos trâmites tradicionais da política nacional.

Mas não é só dos desavisados que ignoram sua longa carreira política dentro de um sistema que hoje ela diz condenar, que o marketing de Marina Silva se beneficia. Ela também encanta porque se apresenta como ícone do petismo envergonhado – a turma que votou em Lula em 2002 e sentiu-se traída em meados de 2005, quando o mensalão veio à tona. Para estes, Marina coloca-se como representante máxima da decepção e revolta com um PT que "se desviou do bom caminho", adotando táticas que condenara até chegar ao poder.

Seria lindo se não fosse uma mentira deslavada – do tipo que só está colando porque ninguém tem coragem de chamar Marina Silva pelo que ela realmente é: uma oportunista, com ares de santa e ambições comuns a qualquer outro político que caminhe sobre a face da terra. “Qualquer outro político” é, na verdade, uma injustiça. Marina “pode ser comparada aos piores se considerarmos como ela manipula a opinião pública dizendo combater um sistema no qual tem se banqueteado há pelo menos três décadas”.

Hoje Marina se diz chocada com o maior escândalo de corrupção que a república já viu: o mensalão petista. E, embora jamais o diga literalmente, sua postura sempre deixa subentendido nas entrelinhas que o mensalão foi o motivo pelo qual ela teria abandonado o PT.

Nada mais ilusório. Na verdade, depois que as denúncias do mensalão estouraram, Marina se manteve no PT por quatro longos anos. De 2005 a 2009 ela conviveu, ombro a ombro, com os colegas mensaleiros – governando, sem qualquer pudor, com eles e para Lula. Queixava-se, sim, da “generalização” com a qual o senso comum julgava todos os membros do partido pelos atos de uns poucos – discurso que, aliás, mantém até hoje.

Se Marina saiu do PT em  2009 não foi por estar escandalizada com a falta de ética do partido – fosse isso, teria motivos de sobra para sair em já em 2005.  Marina só saiu do PT porque abandonara o governo Lula, um ano antes, derrotada numa disputa política– daquelas bem típicas da política que ela hoje diz renegar – com o então ministro de assuntos estratégicos de Lula, Roberto Mangabeira Unger.

Afastada do governo, Marina Silva foi viver da política tradicional que ela hoje condena: reassumiu sua vaga no Senado Federal, de onde saiu apenas para candidatar-se à presidência da república pelo Partido Verde.

Tendo conquistado quase 20 milhões de votos no pleito de 2010, ela se manteve no PV até meados de 2011, quando parece ter percebido que ali não haveria espaço para suas ambições pessoais.
 

Dissimulada, em 07 de julho de 2011 Marina comunicou sua desfiliação do Partido Verde jurando, por todos os santos, que fazia tal coisa sem qualquer motivação eleitoral. Desde então tem trabalhado dia e noite para construir um partido que lhe permita candidatar-se novamente à presidência.

É por isso que sorrio constrangida sempre que alguém me diz que Marina Silva pode ser um “novo caminho” para a política nacional. Em primeiro lugar porque, como se viu, não há nada de novo em Marina Silva. Desde os tempos de Chico Mendes, tudo nela é dissimulação e vitimismo colocados a serviço do marketing eleitoral.

Depois, porque é óbvio que Marina só pode convencer a dois tipos de eleitor: os jovenzinhos crédulos e os ex-petistas que se dizem envergonhados. Os primeiros serão ludibriados por sua falta de cultura política. Os segundos se deixarão iludir novamente porque, ao que parece, não resistem à lábia de um falso messias.
(Nariz Gelado)

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