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domingo, 15 de setembro de 2013

NO PAIS DO POPULISMO E DA DEMAGOGIA CULTURAL NÃO HÁ LUGAR PARA ARTISTAS COMO GUIOMAR NOVAES E NELSON FREIRE.





Em "O Futuro do Pensamento Brasileiro" o filósofo Olavo de Carvalho trata da analisar as razões pelas quais o Brasil encontra tanta dificuldade em estabelecer relações com o mundo culto, preferindo manter o mito de ser uma cultura original, que acaba dando ênfase a um nacionalismo barato, ao regionalismo de trejeitos específicos e sem alcance universal. 

No tópico número 5 do Capítulo II (A Cultura Brasileira no Tribunal da História), "Uma cultura egocêntrica", Carvalho escreve "Quando me pergunto porque essa recusa obstinada de encarar o futuro seriamente, sem messianismo insensatos nem defesas neuróticas de avestruz, só encontro uma resposta: pensar no futuro é tomar consciência da morte; é ter de admitir que nem tudo, do que é nosso e brasileiro, do que é nosso e querido, pode sobreviver; que sobreviver é escolher, e escolher é renunciar. E aqui ninguém deseja pensar nisso".

Damos valor demasiado aos cacoetes, e desprezamos o que no poderia unir à História, à Humanidade, ao Universal. Se isso é uma verdade absoluta em nossa literatura, impregnada de literatices, o mesmo pode ser dito no campo das outras artes.

Desse modo, trago aqui dois nomes, de épocas distintas, ligados à Música, como artistas, intérpretes, que alcançaram o mais alto nível entre as sociedades e pessoas cultas, mas seriam, naquela escolha de que nos fala o filósofo deixados de lado caso seus nomes fossem colocados lado a lado com os nomes nomes endeusados pela mídia, pela chama indústria cultural, aqueles que frequentam revistas de celebridades e programas de TV que se arvoram em formadores de opinião. 

A pianista Guiomar Novaes foi uma artista de fama internacional, considerada por muitos especialistas, como um gênio do Século XX, alguns mais entusiasmados arriscam que chega a ser o próprio Chopin, quando o interpreta.

Nelson Freire, pianista de outra geração, não fica muito atrás em sua sensibilidade. Mas, o que os mantém no limbo da cultura brasileira? Interpretam os clássicos da Música Universal.
    



GUIOMAR NOVAES – CHOPIN SONATA 1ª



GUIOMAR NOVAES - THE IMPROMPTU OP. 36 - CHOPIN



GUIOMAR NOVAES – FANTASIA TRIUNFAL SOBRE O HINO NACIONAL BARSILEIRO - GOTTSCHALK



NELSON FREIRE E HOMENAGEM A GUIOMAR NOVAES







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